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Um belo dia, numa conversa de café os companheiros de turma António da Cunha Fernandes Machado e A. Meireles Graça, abordaram a pressa do tempo e a proximidade do quinquagésimo aniversário das suas entradas no Liceu.

Da conversa a sugestão inevitável: e se reuníssem a malta?

Pois. O que faz falta é reunir a malta... e vá de formar uma comissão a que prontamente aderiram a Rita Pinheiro Ribeiro da Silva, a Maria Emília da Cunha Abreu, o João Maria Freitas Lima Ribeiro e o Victor Duarte Xavier. Numas noites de bom trabalho, gizaram o programa e distribuíram as tarefas.

A breve trecho tinham reunido os endereços actuais de todos, mesmo daqueles de que só tínham ténue informação, o que ficou a dever-se ao jeito investigador do João Maria que, de inculca em inculca, relacionando factos avulsos e informações colhidas a dedo das suas fontes mais secretas, talvez até o socorro de S. Nicolau... estava completo o ficheiro e lá seguiram as cartinhas para todos do continente, de França, do Brasil e da Finlândia.

Desde aí são de novo uma turma só. São uma Tertúlia Nicolina e reunem-se desde1998 em cada sábado anterior à noite do Pinheiro. Aí surge o Pinto, a vir de França, o Jorge, do Brasil e o Ventura, da Finlândia e outros, também de longe, por estradas de aventura!

Do passado, bem longe mais, a honrosa presença de um Nicolino reassumido: o Doutor Emídio Guerreiro, uma vida de 104 anos, fértil de aventuras e sabedoria, ali na graça da palavra e na força do garfo, surpreendente na juventude do raciocínio. Cita-se aqui como exemplo vivo desta coisa nossa: ele, um Nicolino que vem ainda do Seminário Liceu, regressa a Guimarães após quarenta anos de duro exílio politico, vividas as lutas de suas guerras, adora conviver com os Nicolinos mais novos que ele, estes que somos nós, os Velhos Nicolinos de Guimarães, da sua terra!

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