Arquivo: Danças de 2013


FICHA TÉCNICA
Concepção e Direcção Geral - Miguel Bastos
Textos originais e adaptações -  Miguel Bastos, Ricardo Gonçalves, Jorge Castelar, Rui Melo
Letras - Miguel Bastos
Direcção musical - Tiago Simães
Coreografia - Sofia Ribeiro, Joana Antunes
Cenografia - André Malheiro, Carlos Coutinho, Rui Silva,
Miguel Bastos, Manuel Soares Ferreira
Operador multimédia - João Bernardo, Carlos Coutinho, Miguel Sousa
Capa e desenho gráfico - Miguel Sousa,
Apoio organizativo - Augusto Costa, João Neves e Vicente Salgado
Sonoplastia / Luminotecnia - Equipa do C. C.Vila Flor
Ponto Electrónico / VOZ-OFF - José João Torrinha
Filmagrafia - Ricardo Leite, Paulo Rodrigues, Fernando Ribeiro
Guarda-Roupa / Adereços A. A. E. L. G. – Velhos Nicolinos, Paula Freitas.
Paula Neves, Associação Marcha Gualteriana, Agrupamento de Escuteiros 331 – São Dâmaso
Orquestra Trovadores do Cano
Direcção da orquestra - Maestro Manuel Magalhães
Ensaios - Sede dos Trovadores do Cano
Produção / Coordenação - A. A. E. L. G. –Velhos Nicolinos




INTERVENIENTES
Alberto Guimarães
André Coelho Lima 
André Malheiro
António Araújo
Armando Castro
Carlos Marques
Carlos Alpoim
Carlos Coutinho
Fernando Ribeiro
Filipe Costa
Francisco Castro Ferreira
Francisco Soares
Frederico Gonçalves
João “Xtrondo” Guimarães
João Bernardo
João Mesquita
João Miguel Ferreira
João Neves
João Pedro Raynoch
Jorge Castelar
José A. Fernandes
José Almeida
José Gaspar Jordão
José Maria Magalhães
José Ribeiro
Luís Almeida
Luís Guise
Marco Rodrigues
Miguel Bastos
Miguel Sousa
Nuno Florêncio
Paulo Rodrigues
Pedro Paredes
Pedro Santos
Ricardo Gonçalves
Rui A. Fernandes
Rui Barreira
Rui Beirão
Rui Melo
Rui Silva
Tiago Guimarães
Tiago Simães
Vicente Salgado
Vinagreiro
Zé Diogo

INTRÓITO
D. Afonso, D. Muma e restantes elementos da Casa Real, naquilo que séculos mais tarde se iria tornar um lugar comum, vão, pela primeira vez, passar o Verão junta ao mar, numa pequena localidade chamada, à altura “Póboa”, que mais tarde seria de Varzim. Trata-se, no fundo, da extensão marítima Vimaranense.
Toda a corte está reunida fazendo o costumeiro nas praias do norte: Afonso e alguns escudeiros jogam à sueca dentro da barraca, o Camareiro faz forminhas de areia em forma de pequenos falos, o Truão joga ao prego, algumas aias estão atentas aos garrafões que refrescam na rebentação e D. Muma, de vestido arregaçado, toma banho agarrada à corda, atentamente vigiada pelo Cabo-do-Mar.
Passa o vendedor de batata fritas, bolas de Berlim e quando apregoa a Língua da Sogra que D. Afonso manda afogar numas pocinhas próximas do que virá a ser o Diana Bar. É nesta altura que cai um denso nevoeiro e se ouve um som sobrenatural: a ronca da Póvoa!
Um vulto surge no meio da neblina e apresenta-se como D. Sebastião dizendo vir do futuro para transmitir uma importante mensagem a El-Rei D. Afonso, seu antecessor. Entrega-lhes várias cartas de marear e diz-lhe que o futuro de Portugal está no mar e que urge pagar o milagre de Ourique com uma demanda marítima para resgatar as relíquias de S. Nicolau a Bari, que se tornaria orago dos estudantes de Vimaranes. D. Afonso e D. Muma tomados de um êxtase religioso começam, sem hesitar, os preparativos para a viagem, mandam chamar um conhecido marinheiro local, o “Maio”, que, ao ser confrontado com a chamada respondeu: “- Eu seja ceguinho se não guiarei Vossas Majestades ao Vosso glorioso destino!”, ficando na história como o “Cego do Maio Primeiro” (a que se seguiram inúmeros cegos que têm guiado o governo de Portugal nos últimos séculos, quase sempre entre denso nevoeiro...). Dado que o pinhal de Leiria tinha ardido em vários incêndios, fretam-se a um armador poboense três traineiras, baptizadas de imediato de São Tola, São Dália e Nau... Ornever.
Carregam-se as naus com víveres e água potável e pede-se um patrocínio a um mongol que explora uma casa de jogo, o Senhor Ó, que, à maneira oriental, em vez do dinheiro manda três carros de bois carregados de tecidos azuis às riscas e um conhecido artesão e banheiro, de seu nome Arlindo, “o Mouco” poara ajudar a expedição.
E é, pois, assim que o primeiro Rei de Portugal se faz ao mar, inaugurando uma longa e importante história na qual se prova que em quase tudo que Portugal se mete... mete água!

 
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