FICHA TÉCNICA 
  
 
  Concepção e Direcção Geral - Miguel Bastos
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Textos originais e adaptações -  Miguel Bastos, Ricardo Gonçalves, Jorge Castelar, Rui Melo 
  
 
  Letras - Miguel Bastos
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Direcção musical - Tiago Simães
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Coreografia - Sofia Ribeiro, Joana Antunes
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Cenografia - André Malheiro, Carlos Coutinho, Rui Silva,
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Miguel Bastos, Manuel Soares Ferreira
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Operador multimédia - João Bernardo, Carlos Coutinho, Miguel Sousa
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Capa e desenho gráfico - Miguel Sousa,
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Apoio organizativo - Augusto Costa, João Neves e Vicente Salgado 
  
 
  Sonoplastia / Luminotecnia - Equipa do C. C.Vila Flor
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Ponto Electrónico / VOZ-OFF - José João Torrinha
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Filmagrafia - Ricardo Leite, Paulo Rodrigues, Fernando Ribeiro
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Guarda-Roupa / Adereços A. A. E. L. G. – Velhos Nicolinos, Paula Freitas.
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Paula Neves, Associação Marcha Gualteriana, Agrupamento de Escuteiros 331 – São Dâmaso
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Orquestra Trovadores do Cano
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Direcção da orquestra - Maestro Manuel Magalhães
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Ensaios - Sede dos Trovadores do Cano
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Produção / Coordenação - A. A. E. L. G. –Velhos Nicolinos
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  
 
  
 
  
 
  
 
   
  
 
  
 
  INTERVENIENTES 
  
 
  Alberto Guimarães
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  André Coelho Lima 
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  André Malheiro
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  António Araújo
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Armando Castro
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Carlos Marques
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Carlos Alpoim
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Carlos Coutinho
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Fernando Ribeiro
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Filipe Costa
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Francisco Castro Ferreira
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Francisco Soares
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Frederico Gonçalves
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  João “Xtrondo” Guimarães
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  João Bernardo
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  João Mesquita
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  João Miguel Ferreira
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  João Neves
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  João Pedro Raynoch
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Jorge Castelar
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  José A. Fernandes
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  José Almeida
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  José Gaspar Jordão
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  José Maria Magalhães
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  José Ribeiro
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Luís Almeida
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Luís Guise
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Marco Rodrigues
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Miguel Bastos
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Miguel Sousa
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Nuno Florêncio
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Paulo Rodrigues
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Pedro Paredes
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Pedro Santos
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Ricardo Gonçalves
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Rui A. Fernandes
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Rui Barreira
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Rui Beirão
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Rui Melo
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Rui Silva
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Tiago Guimarães
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Tiago Simães
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Vicente Salgado
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Vinagreiro
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  Zé Diogo
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  
 
  
 
   
    INTRÓITO 
    
 
    D. Afonso, D. Muma e restantes elementos da Casa Real, naquilo que séculos mais tarde se iria tornar um lugar comum, vão, pela primeira vez, passar o Verão junta ao mar, numa pequena localidade chamada, à altura “Póboa”, que mais tarde seria de Varzim. Trata-se, no fundo, da extensão marítima Vimaranense.
    
    
 
    Toda a corte está reunida fazendo o costumeiro nas praias do norte: Afonso e alguns escudeiros jogam à sueca dentro da barraca, o Camareiro faz forminhas de areia em forma de pequenos falos, o Truão joga ao prego, algumas aias estão atentas aos garrafões que refrescam na rebentação e D. Muma, de vestido arregaçado, toma banho agarrada à corda, atentamente vigiada pelo Cabo-do-Mar.
    
    
 
    Passa o vendedor de batata fritas, bolas de Berlim e quando apregoa a Língua da Sogra que D. Afonso manda afogar numas pocinhas próximas do que virá a ser o Diana Bar. É nesta altura que cai um denso nevoeiro e se ouve um som sobrenatural: a ronca da Póvoa!
    
    
 
    Um vulto surge no meio da neblina e apresenta-se como D. Sebastião dizendo vir do futuro para transmitir uma importante mensagem a El-Rei D. Afonso, seu antecessor. Entrega-lhes várias cartas de marear e diz-lhe que o futuro de Portugal está no mar e que urge pagar o milagre de Ourique com uma demanda marítima para resgatar as relíquias de S. Nicolau a Bari, que se tornaria orago dos estudantes de Vimaranes. D. Afonso e D. Muma tomados de um êxtase religioso começam, sem hesitar, os preparativos para a viagem, mandam chamar um conhecido marinheiro local, o “Maio”, que, ao ser confrontado com a chamada respondeu: “- Eu seja ceguinho se não guiarei Vossas Majestades ao Vosso glorioso destino!”, ficando na história como o “Cego do Maio Primeiro” (a que se seguiram inúmeros cegos que têm guiado o governo de Portugal nos últimos séculos, quase sempre entre denso nevoeiro...). Dado que o pinhal de Leiria tinha ardido em vários incêndios, fretam-se a um armador poboense três traineiras, baptizadas de imediato de São Tola, São Dália e Nau... Ornever.
    
    
 
    Carregam-se as naus com víveres e água potável e pede-se um patrocínio a um mongol que explora uma casa de jogo, o Senhor Ó, que, à maneira oriental, em vez do dinheiro manda três carros de bois carregados de tecidos azuis às riscas e um conhecido artesão e banheiro, de seu nome Arlindo, “o Mouco” poara ajudar a expedição.
    
    
 
    E é, pois, assim que o primeiro Rei de Portugal se faz ao mar, inaugurando uma longa e importante história na qual se prova que em quase tudo que Portugal se mete... mete água!